Recebi o original deste livro apenas dois meses depois de assumir a Reitoria da Unicamp. Eu ainda me habituava à rotina do cargo quando me sentei para lê-lo, lisonjeado pelo convite do autor para prefaciar a obra. Sozinho na sala que já fora ocupada por José Tadeu Jorge em duas oportunidades, embarquei com ele em sua viagem da pequena Santa Adélia, no interior de São Paulo, para a Campinas do começo dos anos 1970, à época a terceira maior cidade do Estado. Bastou o trem partir da estação para que a fluidez do texto me arrebatasse. Exímio contador de histórias, Tadeu soube transpor para o papel a espontaneidade característica de sua oralidade. Sem tirar os olhos do computador, fui acompanhando, página a página, a saga do estudante que trocou a certeza de um sonho prestes a se realizar pela imprevisibilidade de uma aposta no desconhecido. Com sua prosa fluente Tadeu apresenta o “retrato do (futuro) engenheiro quando jovem”, revelando os dilemas e imprevistos que o trouxeram para a entã