Quando se discute o tema da violência escolar, nosso imaginário tende a associá-la à criminalidade e à agressividade que afloram nos variados quadrantes do ambiente educacional, envolvendo especialmente alunos, vitimando professores e funcionários, ou ainda ligada a outros fenômenos comportamentais. Trata-se de uma violência explícita e de fácil visualização, muitas vezes, em imagem e som, reflexo, em grande parte, de uma conflitualidade que eclode distante das fronteiras da escola, pontificada na forma de agressões, ofensas, ameaças, pichações, vandalismo, bullying, cyberbullying, badernas, depredações, etc. Contudo, o fenômeno da violência escolar não se limita somente a tal percepção formal e tradicional do fenômeno. Existe outra categoria de violência, que se insere na problemática a violência do próprio direito e dos mecanismos formais de controle, notadamente a disciplina escolar e sua ideia de mérito ou excelência. Uma modalidade de violência sutil, invisível, que, na maiori