O livro está organizado em três capítulos que perfazem o roteiro de análise dos sonetos de A derradeira injúria, poemas até então pouco explorados, de Machado Assis. E acredito que este pouco se deva ao empenho necessário para se debruçar sobre obraque pode levar a estímulos que não a leitura cerrada de seus versos. São catorze sonetos cuja referência histórica se baseia na profanação do sepulcro de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal e Conde de Oeiras. Diante de tamanha empresa, João Paulo Papassoni estabelece seus modos de atuação e sobre eles mesmos reflete os caminhos de sua análise, fazendo ponte entre os tempos, ontem e hoje, e entre os mundos, Portugal e Brasil, revelando os passos de sua abordagem a futuros críticos, numa conversa reta com a análise literária contemporânea.
