Em sua primeira incursão pelo ensaio autobiográfico, a romancista e poeta Adriana Lisboa parte do acontecimento da morte de seus pais (ela em 2014, ele em 2021) e trilha um caminho de reflexões em torno da finitude e do luto, o que também quer dizerem torno da vida e do mistério, da memória e do amor. Nesta travessia em primeira pessoa, passeamos com ela por diversas paisagens: as árvores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, as letras de outros autores, as lembranças familiares – o dentro e o fora em fricção e sem intermediários. Em suas próprias palavras: “A porta giratória do mundo. Carnaval, Día de muertos, procissão, templo, floresta, arranha-céu. Uma banana e um bem-te-vi”