Qualquer pessoa que tenha tido algum contato com a mitologia grega já deve ter ouvido falar da “jornada do herói”. Em linhas gerais, é quando um homem parte para uma guerra ou em busca de uma mulher (quase sempre somos as culpadas) e, pelo caminho,
enfrenta vários contratempos e batalhas.
Mas, como um bom herói, ele volta vitorioso, para dividir suas experiências com seus companheiros. Bem e a “jornada da heroína”? Essa também
é cheia de obstáculos e dificuldades.
Ao longo da história, temos sido orientadas sobre como chamar a atenção dos homens,
como satisfazer e incorporar padrões masculinos de liderança e não assumir nossos próprios
talentos, ambições e necessidades. No entanto, a jornada para a qual toda mulher
é chamada busca um benefício coletivo; em que cada uma é tomada por um espírito
de resistência. E resistência é do que precisamos em um caminho que exige o combate às
estruturas opressoras que nos mantêm presas de alguma forma, e que negam nosso espaço e acesso às oportunid