uando Russ Kick começou a organizar a antologia Cânone gráfico, a ideia era reunir o melhor da literatura de todos os tempos em um projeto editorial e gráfico ambicioso, ilustrado pelas mãos dos quadrinistas mais talentosos da atualidade. A empreitada - que o autor define como uma maneira de pensar grande - deu mais que certo, e o material compilado extrapolou tanto as expectativas que o jeito foi dividi-lo em três partes. O volume 1 da série, publicado pelo selo Barricada em 2014, apresenta as primeiras experiências literárias da humanidade. Neste segundo volume, Kick conduz o leitor em mais uma fascinante viagem pela história das letras, partindo do ponto onde parou: o século XIX, quando a noção de moderno chega à literatura no formato do gênero romance.Mas essa antologia não é feita só de romances - também há contos, poemas, peças e cartas que expandem e diversificam a leitura. Daí a escolha de começar com Kublai Khan, do escritor inglês Samuel Taylor Coleridge, um poema onírico che