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REDENCAO E UTOPIA

REDENCAO E UTOPIA
isbn13
R$ 84,90
Pensadores radicais e libertários, tendo em comum a herança do judaísmo, de um lado, e a inserção cultural temperada pelo romantismo da época, viveram o fracasso da democracia e a ascensão do nazifascismo, um processo que mergulhou a civilização num pesadelo inominável, liberando uma sanha repressora e genocida que julgava-se já impossível de acontecer. A potência criativa desses homens – Martin Buber, Franz Rosenzweig, Gershom Scholem, Leo Löwenthal, Franz Kafka, Walter Benjamin, Gustav Landauer, Ernst Bloch, György Lukács, Erich Fromm, Hans Kohn – redefiniu a concepção da história e engendrou uma nova percepção do tempo. Michael Löwy, ele mesmo um pensador radical e reconhecido internacionalmente, nos oferece esse caldeirão de ideias a partir da particularidade daqueles tempos, apontando para o presente e para os futuros que podemos ou não construir.\n\nEm suas teses Sobre o Conceito de História, Benjamin exigia que se escrevesse a história do ponto de vista dos vencidos. Este ensaio é uma tentativa de aplicação desse método.\nÉ justamente porque são vencidos, marginais na contracorrente de sua época, românticos obstinados e utópicos incuráveis, que sua obra se torna cada vez mais atual, cada vez mais carregada de sentido.\n\nMartin Buber, Franz Rosenzweig, Gershom Scholem, Leo Löwenthal, Franz Kafka, Walter Benjamin, Gustav Landauer, Ernst Bloch, György Lukács, Erich Fromm, Hans Kohn… Os pensadores cujas “afinidades eletivas” este Redenção e Utopia busca delinear eram filhos da sociedade e cultura judaicas florescentes na Europa Central de língua alemã.\nEles presenciaram o fracasso da democracia e viram a tomada de poder pelo nazifascismo como o fim de um mundo. A civilização que os gerara traíra a si mesma e sucumbia ao assalto das forças da discriminação e da repressão mais truculenta. \nEnergizados pelos polos da redenção (oriunda da tradição judaica de que eram herdeiros) e da utopia (pela via do romantismo no qual estavam culturalmente inseridos), deram à luz tanto uma nova concepção da história quanto “uma nova percepção da temporalidade, em ruptura com o evolucionismo e a filosofia do progresso”. \nÉ a partir desse ângulo que Michael Löwy reconstitui esse universo cultural peculiar e põe diante de nós mais uma vez esses profetas modernos e suas obras que, sobrepujando o tempo, nos alertam para os perigos à nossa frente.
Pensadores radicais e libertários, tendo em comum a herança do judaísmo, de um lado, e a inserção cultural temperada pelo romantismo da época, viveram o fracasso da democracia e a ascensão do nazifascismo, um processo que mergulhou a civilização num pesadelo inominável, liberando uma sanha repressora e genocida que julgava-se já impossível de acontecer. A potência criativa desses homens – Martin Buber, Franz Rosenzweig, Gershom Scholem, Leo Löwenthal, Franz Kafka, Walter Benjamin, Gustav Landauer, Ernst Bloch, György Lukács, Erich Fromm, Hans Kohn – redefiniu a concepção da história e engendrou uma nova percepção do tempo. Michael Löwy, ele mesmo um pensador radical e reconhecido internacionalmente, nos oferece esse caldeirão de ideias a partir da particularidade daqueles tempos, apontando para o presente e para os futuros que podemos ou não construir.\n\nEm suas teses Sobre o Conceito de História, Benjamin exigia que se escrevesse a história do ponto de vista dos vencidos. Este ensaio é uma tentativa de aplicação desse método.\nÉ justamente porque são vencidos, marginais na contracorrente de sua época, românticos obstinados e utópicos incuráveis, que sua obra se torna cada vez mais atual, cada vez mais carregada de sentido.\n\nMartin Buber, Franz Rosenzweig, Gershom Scholem, Leo Löwenthal, Franz Kafka, Walter Benjamin, Gustav Landauer, Ernst Bloch, György Lukács, Erich Fromm, Hans Kohn… Os pensadores cujas “afinidades eletivas” este Redenção e Utopia busca delinear eram filhos da sociedade e cultura judaicas florescentes na Europa Central de língua alemã.\nEles presenciaram o fracasso da democracia e viram a tomada de poder pelo nazifascismo como o fim de um mundo. A civilização que os gerara traíra a si mesma e sucumbia ao assalto das forças da discriminação e da repressão mais truculenta. \nEnergizados pelos polos da redenção (oriunda da tradição judaica de que eram herdeiros) e da utopia (pela via do romantismo no qual estavam culturalmente inseridos), deram à luz tanto uma nova concepção da história quanto “uma nova percepção da temporalidade, em ruptura com o evolucionismo e a filosofia do progresso”. \nÉ a partir desse ângulo que Michael Löwy reconstitui esse universo cultural peculiar e põe diante de nós mais uma vez esses profetas modernos e suas obras que, sobrepujando o tempo, nos alertam para os perigos à nossa frente.