Depois de investigar o homem e suas relações em Bolhas, primeiro volume da trilogia Esferas, Peter Sloterdijk volta seu olhar para as dimensões da existência em Globos, o segundo volume de sua obra filosófica mais ambiciosa. Se a primeira parte se dedicava às microesferas — mostrando que indivíduo de seu estágio fetal até a infância nunca está sozinho, mas sempre inclui o outro em si e está direcionado para ele —, aqui o filósofo alemão ensaia nada menos que a revelação das bases filosóficas das histórias política e humana dos últimos dois mil e quinhentos anos.
Sloterdijk propõe uma arqueologia filosófica, onde interpreta e transmite ao leitor uma história do mundo político com o auxílio dos paradigmas morfológicos da esfera e do globo, mostrando que todas as manifestações anteriores acerca da globalização padecem de miopia. 
Para ele, a globalização tem início com os gregos, entre os quais a totalidade do cosmo é representada pela figura da esfera. A esfera também está na base das co