Cada um de nós tem a sua história, que é pessoal e intransferível. Somos\núnicos! Mas todos temos o mesmo fim. Passamos a vida tendo em todos\nos nossos documentos a data do nosso nascimento, mas nenhum de nós\nsabe a data do seu fim.\nO início, o princípio e o começo conta um dia na vida de Bernardo, Diego\nSólis, Dona Luiza e Lili. Nesse dia, cada um por seu motivo, irá ao\nmédico. O mesmo médico. É lá, na claustrofóbica sala de espera, que\ntodos se encontram e Márcia, a secretária, passa seus intermináveis\ndias. É ainda lá que Rafael, um representante comercial de laboratório\nfarmacêutico, questiona sua função e, por que não, existência.\nBernardo é um pai de família com quarenta e poucos anos,\ndesempregado, tenso, desmotivado e que nos últimos dias acorda\nsentindo tonturas. Diego Sólis é o cantor da bem-sucedida banda de rock\n“Vero”, que se vê com a missão de terminar uma música para uma\ncampanha de perfume. Odeia ter que vender sua arte para a\npublicidade. Dona Luiza é uma senhora judia com 80 anos que ocupa\nseus dias em consultórios médicos e gravando, num pequeno gravador,\nsuas memórias de infância para o neto. Lili queria ser bailarina e, com 19\nanos, logo após passar na prova para o Corpo de Baile do Municipal,\nsofre um acidente de carro e fica paraplégica. Todos irão se encontrar na\nsala de espera do Dr. Michel. É lá que trabalha Márcia, a secretária,\nsempre solícita, doce, simpática e muito bonita. Sua principal função é\nmarcar e desmarcar consultas, mas isso é bem pouco para ela.\nÉ nesse cenário, cada um com seu conflito individual, que vemos que\nnão é só o fim da vida que nos torna iguais. Neste livro, a emoção está o\ntempo todo à flor da pele, o humor é sarcástico e as histórias se\nentrelaçam. Desta sala de espera ninguém sairá igual a como entrou.\nNem mesmo Márcia, a bela secretária.
