Saber ouvir é uma arte. É tão importante quanto saber falar. Ambos os sentidos, na verdade, devem caminhar lado a lado. Saber ouvir é uma atitude de paciência. Quantas vezes nos impacientamos e nos pegamos tirando conclusões precipitadas ou respondendo antes que a pessoa com quem falamos termine o que está expondo?! Paralisamos o que o outro está tentando dizer, por meio de nossa expressão facial de reprovação ou de menosprezo. Chegamos até mesmo a interromper o raciocínio do nosso interlocutor em favor do nosso ponto de vista. Em outros momentos, fingimos ouvir o que a pessoa diz, quando, na verdade, nossos pensamentos estão longe, perdidos, voltados a outros assuntos totalmente distintos. Estamos tão ocupados e ansiosos, que somos incapazes de perceber o quê os outros tentam nos dizer. Quem de nós costuma “dar ouvidos” às palavras das crianças? Geralmente achamos que o que elas dizem são tolices. Com tudo isso, deixamos de perceber coisas extremamente importantes, como o sentimento das pessoas que nos cercam e até mesmo grandes idéias que podem nos trazer benefícios extraordinários. Por não sabermos ouvir, podemos tomar decisões erradas e nos afastar de nossos próprios interesses. Permitamos, portanto, ouvir a nossa voz interior, as intuições que são “sopradas” aos nossos ouvidos, pois cada um de nós possui várias entidades dentro de si, que constituem nossa essência. Essas partes que determinam a nossa espiritualidade estão contidas em dois aspectos principais: o masculino e o feminino. Somos, portanto, seres bipolares.