Este livro investiga uma possível extensão ao ensino de Física dos conceitos de apolíneo e dionisíaco, termos cunhados por Nietzsche para descrever a cultura grega. Eles sintetizariam dois princípios antagônicos, mas complementares. Apolíneo, relativo a Apolo, o deus da beleza, é concebido como o figurado, o definido, o limitado, associado à escultura, à razão, ao figurador plástico. Dionisíaco, relativo a Dionísio, o deus do êxtase, é entendido como o não-figurado, que escapa à forma, à definição, à limitação. Ele pode ser entendido como o movimento que jamais será capturado, fixado enfim, o pulsar da vida. Em seu período de esplendor, o homem grego teria sido capaz de combinar adequadamente esses princípios, cuja maior expressão é a tragédia. Quando o equilíbrio se rompeu, priorizando o apolíneo, a arte grega teria entrado em declínio. Algo semelhante teria ocorrido no ensino brasileiro, em uma manifestação particular de um risco permanente do espírito humano, que se apresenta ta