As implicações económicas do Direito de Propriedade são há muito conhecidas. Novas são questões como: Poderá haver \"falta\" ou \"excesso\" de apropriação, tanto privada como colectiva? E o que sucede com recursos socialmente valiosos mas que são estruturalmente refractários à apropriação? Estas e outras questões têm sido abordadas através da dicotomia de \"Tragédia dos Baldios\" e de \"Tragédia dos Anti-Baldios\", dois pólos aparentemente simétricos, com os quais a Análise Económica do Direito procura determinar o nível óptimo de apropriação de recursos: a insuficiente apropriação, o excesso de acesso livre, alegada-mente conduzindo à \"Tragédia dos Baldios\"; e a excessiva apropriação, com as concomitantes exclusão de acesso e subutilização dos recursos, conduzindo à \"Tragédia dos Anti-Baldios\".